Assuntos internos

Como o a terra tem dois pólos minha alma se divide em duas partes. E esses dois complexos são traduzidos na pessoa da forma heterogenia, que sou eu. E essas duas partes se comunicam frequentemente. Uma me fazendo sentir mal pelo mal dos outros e outra que se faz indiferente, por maior que seja a dor do próximo, se faz indiferente. E uma criticando a outra, com tanta raiva sentida pelo outro lado. Mas provavelmente seja esta a balança que ainda me mantém são pra olhar todos os dias para o espelho, e me dar forças na hora de amarrar meus sapatos, abrir a porta e seguir andando rumo ao colégio. E nesse caminho analiso cada passo, cada movimento, e cada pensamento que já se passou pela minha cabeça, e o meu diálogo interno sobre tudo trata de decidir para mim, quando já estou cansado de olhar para os meus pés e para os cadarços desamarrados. E no meio de fervoroso diálogo travado dentro de mim, uma voz externa aparece mais forte e diz:- Vitor Bitencourt? - e eu digo - Presente!

Faz um certo tempo

Isto já foi à muito tempo, agora.  Lembro de cor batidas seguidas de notas e de cantos harmônicos. E tudo acaba com o quebrar de taças, uma constelação de vidro pelo chão e por ela nós andamos, dançamos sós, feliz rodando sem parar de olhar pro céu. Sim, um belo deleite, e caimos na grama rindo de nós, rindode vinho, rindo de alegria, e nunca termina. Ainda giramos e estamos sempre girando sobre o vidro, sem cortar essa ligação enterna entre nós, pois é apenas vidro. Meus e teus olhos brilham lá nas alturas, mas estamos aqui. E eu estou aqui, tão perto de ti, sempre estive.