domingo, 29 de maio de 2011

É andando, que se pensa.

É, andando se pensa melhor em coisas tristes. A ponto de parar no cais pra respirar ar gelado, pra ver se congela meu peito, e acaba com tanta dor. É andando, que quase em pranto percebo as batidas do mar, a me jogar pra lá e pra cá, em um lento balançar de sonhos perdidos e esquecidos há muito em meu coração triste e isolado da fé que aquece no frio. É, em casa chego a me jogar na cama, e ao toque acariciar a seda, para ver se me lembro de quanto macio era o toque de tua pele, e vasculho por algum resto de roupa que tenhas deixado pra sentir aquele tal perfume que me prendia a ti, que me fazia sentir assim, um homem apaixonado, sim. Procuro, em discos antigos musicas para me lembrar, de você a cantar pela casa dançando no ar, mas onde?
É, andando te vejo, para longe de onde estou, e com o balanço do mar, o toque leve da seda de sua pele, o aroma suave de teu perfume, e teu dançar tu leva, o que aqui resta de felicidade, mas por que? Por que vai?